CELESTE/MARIPOSA + GUTO PIRES | 9 novembro

Não sabem nem tentam cozinhar em lume brando, quando chegam a coisa transborda logo. Assíduos frequentadores da Feira do Relógio trazem velhas glórias do afro baile dos PALOP em cassetes pirata de Portugal, Angola, Guiné, Moçambique ou Cabo-Verde.  Produtores e Djs são parte do núcleo duro das Padráda Gravações.

Através do seu trabalho têm contribuído para o reconhecimento da música que representa as nossas raízes africanas que tão perto  estão e que tão pouco ouvimos.

É uma celebração assumida do nosso Afro-Baile suado, que brota no meio das pessoas que bailam livres. "Tanta pressa em abrir os ouvidos para o exterior. Neste caso, a galinha da vizinha põe menos ovos."
- Libertação? Isso mesmo. E sem espinhas.
Puxxxa...

Todos os segundos Sábados de cada mês os Celeste/Mariposa têm uma residência mensal no Bacalhoeiro. Há debates, comida, concertos e afro-baile. O mote são os PALOP e a música neles produzida. Este Sábado as hostilidades arrancam às 20h com um jantar genuinamente africano e estendem-se até às 04h com o afro-baile. O concerto começa às 23h.

**guto pires concerto guiné bissau  |  23h
Guto Pires é natural da Guiné-Bissau e fixou-se em Portugal no final dos anos 70.

Pires integrou diversos projectos, dos quais avulta o "Issabary", grupo de que foi co-fundador e participou nos colectivos "Sons da Lusofonia" e "Sons da Fala", grupos que integram entre outros, Sérgio Godinho, Vitorino, Filipa Pais, Rui Veloso, Carlos Martins, Tito Paris, Dany Silva, Bana e Filipe Mukenga.

O conhecimento da World music e  da música africana em particular, marcaram profundamente a personalidade do artista enquanto compositor e intérprete. Ao longo da sua carreira, Guto Pires definiu uma estética musical própria, incorporando nas suas criações a dimensão polifónica, presente na cultura do seu país, uma herança que o artista faz questão de preservar, abrindo assim, um campo sempre renovado de intervenção para as futuras gerações de músicos guineenses.